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  • Flávia Costa

Sexo e gramática


Outro dia me dei conta da impropriedade da expressão “praticar sexo”. Pensei nisso ao passar em frente a uma farmácia e vendo camisinhas, lembrei da infame expressão pós AIDS “pratique sexo seguro”. Nestes tempos de politicamente correto, eticamente correto, ecologicamente correto e outros tantos que tais que nem me aventuro a imaginar, praticar sexo pode ser tudo, menos tecnicamente correto.

Bora ver. Praticar pode ser "fazer", tá lá no Aurélio. Mas esse mesmo nosso amigo nos diz, em perfeita concordância com o uso das massas, que o primeiro significado de praticar é exercitar. Fazer repetidamente. Com método. Ok, faz sentido. A gente pratica natação, yoga, piano. Exercício implica em método, geralmente em horas certas. Implica finalidade. E o sexo? Sexo é festa, é divertimento. Que eu saiba, ninguém diz que pratica festa...

Pra mim este negócio de praticar sexo parece coisa de bula de remédio. Duas a três vezes por semana. E respeite os horários. Se não, pode dar indigestão - no mundo!

Sei não, mas se as pessoas andam mesmo por aí praticando sexo, alguém deve estar errado. Ou eu que não entendo nada de gramática, ou o mundo que não entende nada de sexo.

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